quinta-feira, setembro 27, 2007

Porque te custa tanto a colher...


se foi isso, o que semeaste?...

Dá-me o teu último cigarro...




e deixa-me ser eu a apagá-lo...
tranquilizar os teus anseios,
combater os teus receios,
a vida é bem mais curta assim...
...
Dá-me o teu último cigarro,
e deixa-me ser eu a afagá-lo...
tocar-te as mãos em forma de mil beijos,
arrancar pétalas de malmequer, pedir por ti mil desejos,
a vida ficará bem mais bela assim...

segunda-feira, setembro 24, 2007

Já nada me custa...





de tanto saber que não sei nada,
nem sequer quem eu sou...
Porque o corpo,
que me acena "Olá!" da outra margem,
sou eu...
a dizer-lhe "Adeus!"...

segunda-feira, setembro 10, 2007

Dedicado aos meu avós...finalmente juntos...




Partiram,
sem nada deixar por fazer...
Arrumaram tudo em caixas
e deixaram ficá-las no mesmo canto,
naquele canto,
onde a voz nunca se embargava
e coragem era fazer de apenas um braço um porto de mil abraços,
naquele canto,
onde o tempo nunca vos perguntava pelas horas,
e o partir...era, para vós, apenas sinónimo de dividir...
Partiram...
e por isso apenas vos faço um pedido
e descansem, porque não é em forma de ordem ou desejo...
apenas vos peço que me avisem,
se lá acima chegaram,
só para saber que chegaram bem...
É que partiram com tanto por dizer
e quando para cá voltarem,
avisem-me de novo,
pois aí serei eu,
que poderei já cá não estar...