quarta-feira, dezembro 10, 2008

Poesia de uma prosa mal resolvida




Baralha-me...
Baralha-me a uma só mão...
com aquela que me davas,
sempre que passávamos do espaço ao infinito,
se o que um dia dissémos,
pareceu saído de uma melodia
criada por quem nunca tocou um único instrumento...
Baralha-me...
Baralha-me as chuvas e os ventos,
que teimámos em nunca sentir,
tamanho era o fogo da lareira que ardia por nós...
Baralha-me...
Baralha-me com tudo o que me deixaste,
as cinzas, os despojos, os silêncios
de quem se ensurdece de tanto querer ouvir
o que do outro lado, não se consegue dizer...
Baralha-me...
Baralha-me,
sempre que quiseres que eu te entenda...