sexta-feira, setembro 12, 2008

Se me visses...



tocar(-te) nestas teclas que eu nunca (te) tive,
talvez (te) ouvisses...
se...

E porque não, mulher?...



O teu corpo cair do rosto do meu suor,
gelando a água pintada a azul,
que presa na tela, nunca me há-de conseguir matar a sede...
E porque não, mulher?...
Queimares o sol, com pontas de cigarro,
se ele te envolve sem nunca te conseguir aquecer...
E porque não, mulher?
Escolheres o vermelho como côr da esperança,
se é ele que te corre e fica nas veias,
mesmo depois de eu morrer...
E porque não, mulher?
Lembrares-te de mim, ligares e escreveres,
dares um ar da tua graça, dois dedinhos de conversa,
mesmo depois de eu te esquecer...
E porque não, mulher?
E porque não?...

terça-feira, setembro 09, 2008

Assim vou eu caminhando...



sentado na espera de uma espera(nça)
que já não me desespera...
Assim vou eu gritando,
com todos os botôes daquela minha camisola
que, há muito tempo e para sempre, ficou em tua casa...
E digo-te já,
que não os quero de volta,
nem tão pouco a camisola,
apenas que te digam
"É assim,
que ele vai caminhando..."
...
E tu, porque páras e porque ficas?...assim...tão cá dentro de mim...
Se ao menos soubesses a minha direcção,
ou para onde caminho,
sempre me poderias escrever...