sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Admiro...



quem sobrevive,
de rosto colado ao asfalto,
mergulhando o pão das palavras
no molho feito de saudade...
E não quem vive,
na opulência de um sorriso cínico e gasto,
onde as palavras cruzadas
não têm coluna vertebral,
apenas horizonte, fel e maldade...

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Mor(r)o mesmo ao teu lado...



num prédio encharcado,
de rosto molhado,
uma tristeza qualquer...
Mor(r)o sózinho,
num prédio vadio,
de corpo vazio,
só o vinho me quer...
Mor(r)o à frente,
de um prédio indiferente,
Pra trás a semente,
que eu já parti...